segunda-feira, junho 02, 2008

Indiferente

E de repente parece que fiquei indiferente a ti... já me aconteceu isso anteriormente e tu sabes com quem... e por acaso pareces-te com ela... não consigo falar contigo a sério sem me chatear.... tu revoltas-te toda, não podes discutir, não podes ser contrariada, tudo tem que ser como queres.
Continua assim se achas que tás a fazer bem, mas no fundo no fundo sabes que não. É pena nem carinho sentir por ti neste momento, qualquer dia sentirei apenas pena, e isso vai ser triste quando me sentir assim em relação a ti.

Ia dizer para ficares bem... mas nem isso me importa, que fiques bem ou mal.

Hasta! Acho que é o ultimo post desta série (espero eu, que se escrever mais, vão ser piores).

quarta-feira, maio 21, 2008

Farto

Farto de chorar
Farto de me sentir triste
Farto de sentir saudades
Farto de tentar as coisas a bem
Farto de tentar proteger-te
Farto que me desprezes
Farto que penses que és a maior
Farto de ti

Sabes uma coisa? Fui a melhor coisa que te aconteceu na vida. Qualquer dia vais chegar a essa conclusão. Pena que para isso acontecer tenhas que ter uma vida tão miserável e que depois seja tarde demais. Mas lembra-te... eu não fugi de ti, tu é que me empurraste!

terça-feira, maio 20, 2008

A melhor

Podias ser a melhor, mas não queres, estarmos juntos era o melhor para nós, mas não concordas. Estar contigo e partilhar momentos era o que queria, mas tu lutas contra isso.
Eu errei... sonhei em vez de viver, pensei em vez de agir. Já sei como se faz, mas não me serve de nada. Sabendo o que sei, tudo seria quase perfeito... também errei porque nunca te apontei os teus erros, qualquer dia conto-tos e vais ver o que é um balde de água fria pelo corpo abaixo. Neste momento só penso em estar em paz contigo, mas preferes pensar mal de mim.
A longo prazo ficarei mais forte, sei que isto passa, mas poderia ser diferente, merecia mais respeito, mas a vida não é como queremos. Desististe de lutar, desististe de sentir, isso é uma ilusão, prepara-te para a queda. Não te preocupes que mesmo que não queiras, estarei lá para te amparar, não mudo a minha natureza. Já te disse mil vezes que era eu que estava lá, mas tens os olhos e a mente turva e não vês bem.
A lei da compensação é muito estranha e faz bem momentaneamente. Não é a melhor solução a longo prazo, mas isso vais aprender da pior maneira, como já aprendeste outras coisas.
Não espero por ti, mas tou aqui se precisares, nem que seja para ouvir um desabafo ou um choro. Sei que não tens coragem de chorar à frente de ninguém, nem tens coragem de dar o braço a torcer... pensas que és corajosa... se calhar não.
Um beijo para quem amo e odeio ao mesmo tempo, porque neste momento não consegues ser quem tu és, andas preocupada com outras coisas. Se descobrires que escrevi isto... acho que fazes a maior habilidade de sempre....

Ricardo Soares, 20 de maio de 2008

terça-feira, março 08, 2005

O Rei da Guerra Não Convencional

Durante aqueles dez dias os nossos guerreiros trabalharam imenso. Com a ajuda da população local ainda conseguiram consertar zonas da muralha mais vulneráveis e connseguiram aumentar para o dobro o escasso exército. Eram uma força de quase cem homens, contra uma força de quase mil. Diversos relatos chegaram aos ouvidos de Rjck acerca da crueldade de Lunaris, mas pelo menos as tréguas de dez dias foram cumpridas. Logo no primeiro dia Rjck surpreendeu Tea ao perguntar-lhe onde eram as passagens secretas que davam para a floresta. Isso era um segredo secular que apenas a família de Tea tinha conhecimento, mas Rjck afirmou que em todas as aldeias haviam passagens secretas na casa "real".
A passagem secreta ia dar mesmo a um sítio paradisíaco no centro da floresta. Era um grande lago que tinha uma cascata e discretamente por trás dessa cascata tinha a gruta que ia dar por baixo da casa real.
Tea perguntou:
- Vais usar a passagem para os atacar por trás?
Rjck sorriu e respondeu misteriosamente:
- Vou fazer melhor que isso.
Os dias foram passando e os 5 guerreiros estavam cada vez mais tempo juntos aos segredos e a rir, parecia que a morte não os assustava e Huth estava a ganhar cada vez mais confiança e a incutir essa mesma confiança nos homens. Armas e comida não faltavam, as muralhas eram altas, e os homens eram bons. Dava para aguentar um cerco de vários meses. Talvez os milagres acontecessem.
Na madrugada em que estava previsto que chegassem as tropas de Sunaris, Rjck pediu a Huth que abrisse o portão principal. Huth perguntou:
- Vocês vão os cinco lá para fora lutar contra eles?
Rjck respondeu ironicamente:
- Claro que não, não somos malucos, e se alguma coisa correr mal? Só vão eles os quatro.
Os cinco guerreiros desataram às gargalhadas, para eles era mais uma batalha, apesar de as hipóteses não serem muito boas. Rjck despediu-se dos quatro amigos. Rufus, Ljpe, Seth e Yon foram ocuparam as "trincheiras" que eles cavaram anteriormente perto do fosso cheio de água mal cheirosa e deitaram-se calmamente à espera. Só podiam esperar.
Amanheceu e lá ao fundo começaram a aparecer os primeiros sinais do exército inimigo. Pareciam ser mais de mil, eram perto de mil e quinhentos. Um pequeno grupo de cerca de vinte pessoas estava a aproximar-se das muralhas, era sinal que eles queriam negociar.
Rjck pensou: A festa vai começar.
Rjck foi vestir um estranho manto branco que encontrou na cabana da feiticeira da aldeia e pintou a cara de uma forma medonha. Todos os soldados olharam assustados para Rjck quando ele apareceu junto deles nas muralhas. O grupo inimigo aproximou-se e Rjck perguntou:
- O que quereis?
Morcus, o porta-voz do disse:
- Viemos apresentar condições, abram o portão.
Rjck gritou:
- Condições não aceites, que a fúria dos mortos vos caia em cima.
Ao dizer isto aparecem quatro fantasmas com um cheiro nauseabundo e fortemente armados que começam a matar os sentinelas do grupo de negociadores.
Ninguém reagiu o que tornou a chacina mais eficaz, em poucos segundos os membros do grupo foram mortos o que fez com que Rjck pegasse num bordão e apontasse para o exército e gritasse:
- Ataquem pelo vingança do sangue derramado.
Não fosse o dramatismo da cena, teria sido engraçado e caricato ver um exército de mais de mil pessoas a fugir de quatro guerreiros. Os guerreiros fugiram para a floresta antes que dessem pela tramoia e foram a correr para a entrada da passagem secreta sem que ninguém se atrevesse a persegui-los.
Passado umas horas, veio outro grupo constituído por mulheres e crianças pedir para levantar os cadáveres. Rjck acedeu mas avisou:
- Se amanhã por esta hora vós ainda aqui estiverdes, verão o maior exército de álmas penadas a lutar contra vocês. As vossas almas ficaram condenadas a partir do momento em que vocês derramaram sangue na floresta sagrada.
Rjck sabia que aqueles avisos eram eficazes, mas não sabia por quanto tempo conseguiria adiar o confronto. Pelo menos deu para intimidar o oponente.
Rjck foi em direcção ao centro da aldeia quando Tea lhe perguntou:
- Onde vais?
- Vou esperar pelos homens e vou ver se os obrigo a tomar banho, aquele fosso cheira muito mal.
(continua)

quarta-feira, dezembro 15, 2004

O Terror

As muralhas eram imponentes. Eram feitas de pedra lisa o que as tornava impossiveis de escalar. Notava-se que Sunaris era uma aldeia rica e desenvolvida, ou pelo menos fora. Quando Tea e os nossos guerreiros se aproximavam do portão principal, uma lança espetou-se no chão mesmo em frente a eles:
- Alto. Quem sois vós?
Tea deu um passo em frente e disse:
- Sou Tea, abram imediatamente.
Três cabeças surgiram por cima da muralha, e apesar de estarem longe, os guerreiros notaram que eles estavam com a boca aberta de espanto. Com um barulho ruidoso, o portão principal foi aberto.
Tea e os guerreiros entraram na aldeia e foram recebidos em festa pelos populares. Ouviam-se risos de contentamento e palmas, até que se ouviu a voz de alguém a tentar passar por entre a multidão. Era Huth, o chefe dos guardas.
- Menina Tea, venha comigo, temos muito que falar.
Huth era um homem atarracado. Apesar de baixo, era extremamente largo, e a sua pele morena e voz grossa incutiam respeito. Não era homem de se preocupar desnecessariamente, mas o ar preocupado dele, fez com que Tea o seguisse. Os nossos guerreiros foram atrás dela.
Foram em direcção do salão da aldeia, que era onde faziam as reuniões. Quando os nossos guerreiros se preparavam para entrar, Huth desembainhou a espada:
- Quem são estes? - disse ele apontando a espada para os guerreiros, sem olhar para eles - Basta uma palavra tua e eu mato-os.
Rjck reparou que Rufus já estava pronto para iniciar uma zaragata, e foi acalmar o amigo, enquanto Tea explicou:
- São meus amigos, foram eles que me salvaram. Se não fosse Rjck - disse ela apontando para o guerreiro nórdico - não sei onde estaria. Talvez estivesse morta.
Huth guardou a espada, e fez um sinal de agradecimento. Então disse:
- Venham também ouvir, que toda e qualquer ajuda é bem vinda.
Entraram no enorme salão. Era uma sala grande e fria. Sentaram-se à enorme mesa e Tea perguntou:
- O que se passa? Porque está tudo destruído lá fora? Nesta altura a aldeia deveria estar toda enfeitada. Veio alguma peste?
Huth começou então o relato.
O tio de Tea, Morbius, senhor de Lundae, aproveitou a ausência do pai de Tea para lançar um ataque contra Sunaris. Ignorou os anos de paz e espalhou o terror pela região. Como não tinha homens suficientes para colocar em cheque Sunaris, contratou um bando de gladiadores para os ajudar. Como não conseguiram conquistar Sunaris, então vingaram-se dos sentinelas e dos donos das quintas da periferia da aldeia. Mataram todos de uma maneira horrível.
Mithia, a velha curandeira de Sunaris que estava a assistir um parto, foi violada pelos gladiadores vezes e vezes sem conta até à morte. A maioria dos lavradores foi espancado pelos manguais (que são umas correntes com uma enorme bola de ferro com pregos na ponta) e os que tinham a sorte de morrer, eram enterrados, os que não morriam eram deixados a morrer. Huth continuou com o relato de horror durante largos minutos, sem que ninguém o interrompesse. Contou que o exército de Lundae matava todos os homens da casa e obrigava as crianças a fazerem uma espécie de jogo em que tinham que atirar a cabeça uns aos outros e que quem a deixasse cair, lhe cortavam uma mão. Bebés foram atirados para as rochas, mães tinham que optar qual filho morria com a espada e qual filho morria pelo fogo.
Tea estava em lágrimas. Ela não podia acreditar que o tio tivesse sido capaz de uma coisa daquelas. Huth disse:
- Tivemos que assistir aquele espectaculo macabro das muralhas. Se tivessemos ido, eles matavam-nos a todos e conquistariam Sunaris. Morbius diz que vai lançar o ataque final daqui a alguns dias. Disse que o seu pai tinha morrido devido a uma tempestade no alto mar. Estamos perdidos menina, vai ser o fim de Sunaris.
Rjck cheio de raiva, tentou ser racional e disse:
- Quantos somos? Não contei mais de dez guardas. Presumo que sejamos mais.
Huth disse:
- Somos cerca de quarenta homens, era o suficiente, nós viviamos em paz. Perdemos os sentinelas todos. Eles devem ser perto de mil.
Um grande desânimo abateu-se sobre aquela sala.
- Porque é que eles não tentaram conquistar a aldeia?
Tea respondeu:
- Eles não querem conquistar a aldeia, querem destruir-nos. Querem guerra no mesmo dia em que a paz foi conquistada. Daqui a dez dias.
- Então é guerra que vão ter.
Os nossos guerreiros foram explorar a aldeia, tinham muito trabalho a fazer!

segunda-feira, dezembro 13, 2004

o Rapto

Decidiram parar. Já tinham cavalgado muito neste dia e estavam perto da aldeia de Tea. Estavam todos juntos à volta da fogueira como habitualmente, quando Rufus perguntou o que ainda ninguém tinha perguntado:
- Como foste raptada?
Ficaram todos a fitar Tea, que depois de uns momentos de silencio, começou a contar.
Tea explicou que existiam duas aldeias vizinhas e quase rivais. Lundae e Sunaris. Durante séculos as duas aldeias envolveram-se em sucessivas guerras sangrentas. Tudo isto parou quando os avós de Tea se apaixonaram. O princípe herdeiro de Lundae e a princesa herdeira de Sunaris. Apaixonaram-se e conseguiram a muito custo estabelecer a paz entre as duas aldeias, que era celebrada todos os anos num festival em que as duas aldeias se juntavam em festa. Tinha sido durante os preparativos do festival, que Tea tinha sido raptada. Estava sozinha na floresta a apanhar flores para os enfeites, quando um grupo de mercenários a raptou.
Em tempos de paz, os ataques do mercenários aumentam, porque eles vivem da guerra, e sem guerra, os mercenários não tinham ocupação. Ou organizavam torneios de combate até à morte, ou raptavam mulheres para as venderem. Só não sabiam que por Tea seriam capazes de obter um bom resgate. Tea era uma princesa.
Depois aqueles três gladiadores que Rjck encontrou iam levar Tea para parte incerta.
Tea explicou que os mercenários deviam ter morto as sentinelas, dado que nem houve uma tentativa de salvamento nem nenhum aviso.
- Eles tiveram sorte do meu pai ter ido numa expedição com a maior parte das tropas e só chegar no dia do festival (que é daqui a 10 dias).
Seth perguntou:
- Então quer dizer que a aldeia está desprotegida?
- Sim - disse Tea- mas não há problema porque só o meu tio (chefe da aldeia de Lundae) é que sabia e ele está pronto a proteger Sunaris.
Rjck teve um pressentimento mau, mas não queria preocupar ninguém, mas Rufus só de olhar para ele, percebeu que algo estava errado. Eles iriam ter que tomar preocupações no aproximamento da aldeia.
No dia seguinte entraram dentro dos domínios de Tea. Não encontraram sinais dos gladiadores, nem também sinais dos sentinelas. Tea não achou estranho, estava feliz a explicar tudo a Rufus, mas Rufus sabia que algo não estava bem, assim como Rjck.
Tea estava radiante, prometeu que lhes fariam uma festa pelo regresso. As pessoas da aldeia eram muito acolhedoras com os amigos.
Em poucas horas eles chegaram à aldeia sem se cruzarem com ninguém. As muralhas estavam intactas, mas as quintas e as casas à volta estavam totalmente destruídas.
Cheirava a morte!!!

sábado, dezembro 04, 2004

O Bardo

Ainda era madrugada quando Rjck acordou os nossos guerreiros e Tea. Estavam todos de mau humor por ser ainda cedo. Prepararam os cavalos para a viagem sem falarem uns com os outros. Estranhamente, Ljpe estava de bom humor. Ele estava a preparar a refeição para todos a assobiar uma canção. Ljpe era um guerreiro peculiar. Não se dedicava apenas à espada. Gostava de artes. Gostava de pintura e música principalmente. Ele daria um bom bardo, tinha facilidade em inventar músicas que usava para conquistar as mulheres. O "anjo" era um bom pinga-amor.
Depois da refeição, que foi bocados de pão com pasta de amoras feitas por Tea, com água, sentiram-se mais fortes e com um humor mais agradável e quando começaram a montar, Ljpe cantou:
A galope temos que partir
sem destino, sempre a lutar
Combateremos, sempre a sorrir
Venceremos, só sabemos ganhar
Somos a ordem do dragão
Invencíveis, ninguém nos vai parar
A cavalo, com a espada na mão
Cinco guerreiros, o mundo vão conquistar
Quem nos fizer frente, morrerá
Pela glória, juntos lutaremos
Por um mundo melhor, o inimigo cairá
Todos unidos a canção cantaremos
Somos a ordem do dragão
Invencíveis, ninguém nos vai parar
A cavalo, com a espada na mão
Cinco guerreiros, o mundo vão conquistar
Ao início a alegria de Ljpe estava a irritar, mas um a um o grupo todo foi todo contagiado. Em poucos minutos estavam todos a cantar, e assim a viagem foi passando mais rapidamente....